Viagem para a Europa

setembro 29, 2014


Em agosto fiz a viagem dos meus sonhos: uma Eurotrip! Eu e meu namorado escolhemos alguns lugares da Europa que gostaríamos de conhecer, e na lista entraram: Paris, Amsterdam, Barcelona, Madrid e Lisboa.

Ficamos cerca de 6 meses planejando a viagem, e claro, uma pulguinha atrás da orelha apareceu: como vou lidar com todas as questões acerca do diabetes, fazendo uma viagem tão longa e para tão longe?

Sei que ter diabetes não me impede de fazer viagens, sair com amigos, ir para a balada, enfim. Mas o “desconhecido” traz certa insegurança. Eu nunca havia saído do país antes, nunca havia entrado em um avião. Por isso surgiram tantas dúvidas: como vou ficar transportando as insulinas de um país pro outro? Vou ter algum problema nos aeroportos por estar carregando tantas agulhas, seringas e lancetas? E as comidas diferentes: como vou fazer a contagem de carboidratos quando eu comer algo que não conheço, e que não está na tabela? Como vou aplicar a dose fixa de Lantus, se tem fuso horário de um país pro outro?

Para mim, foi tudo uma novidade, mas lidei bem com a situação.

Ainda no Brasil, um agente da polícia Federal encrespou porque eu estava com uma caixa de agulhas. Segundo ele, a quantidade era grande, mas como eu estava com a receita, e na receita estava especificado “1 caixa”, então ele não teve muito que questionar.

Como eu nunca havia entrado em um avião antes, imagino que fiquei um pouco ansiosa sem perceber. Dentro do avião tive uma hipo (e nem senti os sintomas), seguida de uma super hiper. Mas foi tudo controlado em seguida.

Durante a viagem tive uma hipo no meio da rua em Madrid. Mas um sorvete super delícia que meu namorado comprou resolveu. Claro que quem optou pelo sorvete fui eu, porque dentro da bolsa sempre tinha um pacote de balas e várias caixinhas de Glicoinstam. Legal que em Paris andamos muito a pé, o dia inteiro. E a glicemia ficou muito boa (e eu imaginando que ela iria cair).



Outro medo que eu tinha era sobre a conservação da insulina. Nem todos os hostels que ficamos tinham um frigobar para guardarmos nossas coisas. Mas o pessoal da recepção era muito solícito, entendiam a situação e guardavam a bolsinha com as insulinas com muita boa vontade.

Claro que comi uns docinhos aqui e ali, principalmente os famosos macarons da Ladurée em Paris. Não me privei de nada, afinal estava vivendo um sonho. Mas também não enfiei o pé na jaca e vivi de doces durante toda a viagem. Comemos fast food sim, mas almoçamos (arroz, carne, salada!) muito bem também. Só não tinha feijão rsrs


E sobre a dose fixa da Lantus (aplico todos os dias às 17h), minha endócrino definiu que a dose seria aplicada todos os dias às 8h. Quase uma semana antes, fui fragmentando as doses, até me adaptar ao horário de 8h da manhã, com a dose completa. E quando voltei, apenas 2 dias de readaptação para o velho horário de 17h :) Tudo certo!


Agora que eu fiquei fascinada pela Europa, pretendo voltar. E o cuidado com meu diabetes não será mais uma surpresa.






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2 comentários

  1. Que delícia! É isso aí, o importante é fazer o que gosta! Bjs!

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  2. Que legal, Nayana. Adorei as fotos. Obrigada pelo comentário lá no blog. E nos meus planos é claro que tem pro futuro uma visita a Europa! Adorei o blog!

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Bomba de insulina


Em 2014 comecei uma nova vida com a bomba de insulina. Liberdade, escolhas, descobertas. Vem conhecer um pouco mais sobre esse tratamento!

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